Cânticos III
Cecília Meireles
Não digas onde acaba
o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
Sobre Cecília Meireles:
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Nasceu
no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo
era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua
infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos
de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi
criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou
a escrever suas primeiras poesias.
Formou-se
professora e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro
livro “Espectro”. No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando
Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.
O marido
suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo
casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro
agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.
Cecília
faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.
Atividade
proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a
pesquisar poesias na biblioteca escolar e postá-las no blog, para nos
aprofundarmos no gênero trabalhado atualmente em sala.
1 comentários:
Boa escolha.. ótima escritora, ótima poesia.
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