Tudo começou em 1972, quando
certo estudante de biologia chamado Léo, ainda em sua juventude, participou do
Projeto Rondon na Amazônia. Após conviver com índios, sua escassez de remédios
e a temível malária, prometeu a si mesmo que ainda conseguiria a vacina para a
cura da doença.
Muitos anos depois, durante as férias de
verão, a família de Léo, junto de Babu, passou uma temporada na Amazônia,
vivendo em um barco-casa no meio da floresta. O motivo da viagem foi à
prometida busca de Léo e Babu pela cura da malária.
A esposa de Léo, Marina e
seus dois filhos, Alex e Txai, estavam felizes com a experiência. Porém sua
enteada, Chantal não estava nem um pouco contente com a viagem.
Durante esses três meses,
viveram dias intensos, onde puderam conhecer índios da tribo Abakêbyra e sua
cultura.
Dos novos integrantes da aventura, Alex foi
quem mais se interessou, saindo para descobrir mais do novo
local, agora sozinho. É nesse passeio que descobre um ritual indígena ocorrendo
em uma clareira na floresta. Alex fica impressionado com tantos cantos, danças,
cores e pinturas, e volta para o barco meio fora de si. Após tamanha curiosidade de
Alex, Babu e João, um conhecedor dos índios da região vai com o garoto até a
aldeia dos Abakêbyra, povo do qual ele viu o ritual no dia anterior.
Na nova visita a aldeia, depois de alguns
dias, Alex é apresentado á Catu, um índio de sua idade e muito legal. Eles se
tornam grandes amigos.
Durante uma das caminhadas
de Alex com seu novo amigo pela floresta, encontraram Chantal na prainha. Foram
até lá para pescar, enquanto isso Chantal ficou os observando da areia. Ela se
apaixonou a primeira vista pelo exótico índio. Alto, de cabelos lisos e negros
e com aparência forte.
Aconteceram algumas coisas nesse dia entre Chantal e Catu, pois Catu tacou pedrinhas em Chantal para chamar sua atenção, mas a menina entendeu errado e tomou providências desagradáveis.
Passado algum tempo, Chantal
descobriu o verdadeiro significado das pedrinhas, então foi á procura de Catu
para se desculpar. Como a paixão que ele sentia por ela era recíproca, Chantal
fez a brincadeira do bem-me-quer mal-me-quer com Catu, mas com medo de cair no
mal-me-quer, ela o beijou ante mesmo da brincadeira acabar. A partir daí,
Chantal começou a se interessar pela temporada que viveria na Amazônia.
Chantal e Catu foram se conhecendo cada vez
mais, e quase todos os dias Chantal ia andar pelas matas para encontrá-lo. Eles
estavam realmente vivendo um amor muito intenso, tiveram muitos momentos
marcantes juntos. Seu irmão Alex, já estava meio desconfiado do que estava
acontecendo, mas resolveu não se manifestar.
Babu e Léo iriam passar alguns dias fazendo
pesquisas, então não ficariam no barco naquele período. Marina estava sozinha
no barco e decidiu aproveitar o dia. Foi até a prainha para se refrescar na
água, mas logo que entrou na água desmaiou, graças à carga elétrica que um
Poraquê havia deixado por lá. Por sorte, Catu e Chantal estavam passando pela
praia naquele momento, e logo que viram, levaram-na até a aldeia.
Chegando lá, pajé cuidou de
Marina e disse que não havia sido um choque grande, mas que ela teria que ficar
ali na tribo para cuidados por alguns dias.
Alex, Txai e Chantal ficaram
entusiasmados por passarem aqueles dias na aldeia, então Alex foi até o barco
pegar algumas roupas e deixar um bilhete para Léo caso eles voltassem antes da
expedição.
Taciatã, mãe de Catu, graças ao seu dom dado por Tupã, sonhou
com Tupã entregando-lhe uma flor para ser entregue para o homem branco,
justificando que essa ajudaria tanto eles como seu povo. Taciatã, pela primeira
vez não acatou ás ordens de Tupã, pois jamais ajudaria aquelas pessoas, e Tupã,
não satisfeito trouxe conseqüências para toda a tribo deixando o melhor de seus
caçadores doente. As últimas palavras de Bakunauê foram “Tupã te perdoa” para
Taciatã. Por não ter atendido á seu pedido,
Tupã envia uma mensagem ao cacique Apoena, que questiona a atitude de Taciatã e
a convida para ir com ele até o Vitoria Régia entregar a planta como deveria.
Aquela planta foi decisiva para a busca da
cura da malária, era ela que faltava! Léo e Babu ficaram muito animados com a
visita, e com aquele presente tão grande.
Alguns dias antes de partir, Alex estava
confuso. Então, certo dia resolveu conversar com seu pai e dizer que não faria
mais faculdade de informática, e sim antropologia. Também disse que pretendia
passar mais alguns meses vivendo ali com índios até o meio do ano. Léo ficou
muito orgulhoso do filho e super feliz por saber que ele havia tomado aquelas
decisões por vontade própria.
Chegou à hora de partir, e foi um momento de
certa forma triste, pois voltariam em menor quantidade e Chantal estava se
separando de seu amor. Aquela viagem havia mudado a vida de todos dali. Chantal
se apaixonou verdadeiramente pela primeira vez, Marina faria o seu primeiro
trabalho de fotografias independentes com fotos das mulheres artesãs, Alex
mudou totalmente seu futuro e Txai pode conhecer uma nova cultura desde novo.
Ekoaboka, cujo significado é “mudança”
define exatamente o que foi aquela primeira etapa da aventura para toda a
família.
Resumo do livro "Ekoaboka" trabalhado em sala de aula. Atividade realizada sob a orientação da professora Ilvanita.