quarta-feira, 20 de março de 2013

Influência indígena no nosso vocabulário

  A partir da busca feita no livro "Essa terra tinha dono", dos autores Benedito Prezia e Eduardo Hoornaert feita na biblioteca escolar, pude perceber que a língua brasileira tem muitas influências indígenas. 

 A influência na língua portuguesa pode ser encontrada em nomes de frutos (jabuticaba), nome de lugares (Ibirapuera), de animais (tucano, jacaré) e até mesmo em nomes de personagens do nosso folclore, como o Saci.

  Existem diversas palavras indígenas em nosso vocabulário, de diversas tribos indígenas, porém há mais influência da tribo Tupi. 

Atividade desenvolvida em 08 de março de 2013, na biblioteca escolar, com o objetivo de conhecermos novas palavras indígenas para iniciação do trabalho com o livro "Ekoaboka - Jornadas na Amazônia". Atividade foi supervisionada pela professora de Língua Portuguesa, Ilvanita.

Carta: O recurso mais precioso

 São Bernardo do Campo, 04 de março de 2013

  Ilustríssimo Senhor Prefeito, Luiz Marinho,

  Estou lhe escrevendo essa carta para discutir um assunto de extrema importância, para todos nós: a água.

  Infelizmente, a maioria da população não está sabendo usar esse recurso de forma adequada. 

  Eu tenho certeza de que todos sabem dua importância, mas muitos ignoram esse fato. As pessoas andam esquecendo que a nossa vida depende da água. Como já dizem, nós podemos passar 40 dias sem alimentos e continuaremos vivos. mas três dias sem água, já nos leva á morte.

  Além disso, é a água que gera a energia hidráulica, que nos diverte nos dias quentes, que nos aquece durante o banho e que nos alimenta.

  É impossível afirmar que a água é um recurso dispensável e que não têm importância, pois isso é mentira. Se for parar para pensar, a verdade é que dispensáveis somos nós, pois a água continua sem o ser humano, já o ser humano não sobrevive sem a água.

  Tempos atrás, como diz minha mãe, acreditava-se que a água doce era infinita, e ainda existem pessoas hoje em dia que ignoram que tal informação é falsa.

  A água é muito mais que um preciosidade, e com toda certeza vale mais que um diamante. Eu digo isso, pois sei que sem ela, nós não seríamos absolutamente nada!

  Preservo-a da mesma forma que preservo a minha vida e acho que todos deveriam fazer o mesmo. Falo e faço isso, pois, como muitas pessoas, sonho em ter filhos, netos, bisnetos e assim por diante...

  Agora, peço-lhe ajuda, para alertar a população de forma que todos entendam a importância da água, pois se cada um contribuir, será possível manter essa joia tão rara e com isso, preservar as nossas vidas e as próximas gerações. 

 Grata pela atenção,
Natalia Marchioni Quadrado


Atividade desenvolvida em 05 de março de 2013, sob a orientação da professora Ilvanita, com o intuito de produzir uma carta a partir do tema "água".
  

O relógio de pulso

Dunas - Imagem retirada do blog Barlavento
  No clarão do meio-dia, Pedro caminhava pela terra quente e seca. Tudo o que queria era encontrar uma sombra para dar uma pausa em sua caminhada.

  Ao subir o morro, atrás das dunas, encontrou uma pequena sombra para o seu esperado descanso.

  Sentou-se e ali ficou por um bom tempo refletindo sobre sua vida. Quando já estava descansado, decidiu se levantar e continuar sua caminhada.

  Foi nesse momento que Pedro viu um pequeno relógio de bolso. Quando decidiu apanhar tal objeto, surpreendentemente o relógio de abriu e começou a girar rapidamente. Então, surgiu um papel e uma caneta em seu lugar. Nesse estava escrito "ESCREVA AQUI A DATA NA QUAL VOCÊ GOSTARIA DE VOLTAR".

  Pedro ficou extremamente assustado com aquela cena, mas decidiu arriscar. Pegou a caneta e escreveu na folha misteriosa "31 DE MARÇO DE 2010". O dia anterior á morte de seu pai.

  Diferente dos filmes, Pedro apenas desmaiou e acordou na data desejada, com plena consciência do que havia acontecido.

  Como não queria perder tempo, foi até a casa de seu pai e levou-o para caminhar no parque da cidade. Durante a caminhada, conversaram bastante e se divertiram como nunca. No final da tarde, Pedro levou seu pai de volta para casa, e lá assistiram um jogo de futebol que passava na TV.

  Estava chegando a hora de partir e ao se despedir, Pedro disse algo ao seu pai que ele jamais esperava ouvir de um filho tão marrento: "Eu te amo pai!", e a resposta também inesperada por vim de um pai tão rígido, foi: "Eu também te amo meu filho!".

  Pedro saiu chorando, pois sabia que aquela seria a primeira e última vez que ouvira tal frase de seu pai.

  De repente, Pedro acordou nas dunas assustado, como se tudo aquilo não tivesse passado de um sonho. Então se levantou e continuou sua caminhada pela terra quente e seca das dunas.

  Escrito por: Natalia Marchioni Quadrado. Atividade realizada sob a orientação da professora Ilvanita, com o objetivo de produzirmos um história com final surpreendente.

terça-feira, 19 de março de 2013

As cerejas - Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles
Imagem retirada de Magnâmica

  O conto "As Cerejas" se inicia com a madrinha tecendo uma cortina de crochê, e dizendo repetitivamente "Vocês não viram os meus óculos?". 

  Enquanto isso, sua afilhada corria pela casa, e sua cozinheira, Dionízia, preparava as receitas para a visita da tia Olívia.

  A tia acabara de chegar, muito vaidosa, com um galho de cereja pendurado entre seu decote. Julia ficou extremamente encantada, pois era a primeira vez que via cerejas, sem ser em papel. Sua tia, trouxe com ela, Marcelo, um homem elegante e que assim como seu pai, cavalgava muito bem.

  Ambos pareciam se estranhar. Chovia, e logo a afilhada ficou doente. Um tempo depois, a visita se foi e Olívia deixou as cerejas para a menina.

Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

O Búfalo - Clarice Lispector

  Esse conto apresenta a história de uma mulher que é rejeitada por seu amado, e decide ir até o Zoológico para tentar encontrar o ódio nos animais. Mas, para sua infelicidade, ela acaba encontrando amor nas atitudes dos animais ao invés do desejado ódio.

  Durante sua busca por tal sentimento horrível, acabou encontrando o amor nos leões, na girafa, no macaco... até mesmo o camelo fez com que ela pensasse na paciência. Os animais que ela vira, trouxeram-lhe apenas bons sentimentos até esse momento. Em qual animal estaria o ódio?


  Continuou sua busca pelo Zoológico, então encontrou o búfalo. Ela ficou desconfiada, pois tinha a impressão de que o animal negro a olhava. Ela desviou o olhar, e sentiu seu coração acelerado.


  Após sentir algumas coisas "ruins", olhou novamente para o animal e dessa vez, ele parecia maior. Foi então, que ela começou a provocá-lo, tacando pedras e gritando. O ódio nasceu dentro dela e depois de alguns instantes, quando o búfalo a encarou... "Eu te amo, disse ela para o homem cujo grande crime impunível era o de não querê-la. Eu te odeio, disse implorando amor ao búfalo."


  O búfalo, começou a se aproximar da mulher, mas ela não recuava nenhum passo sequer. Ficou espantada com o olhar do búfalo, mas estava "presa" ali. Antes de seu corpo cair no chão, viu apenas o céu e o búfalo.


Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula

quinta-feira, 14 de março de 2013

Laços de família - Clarice Lispector


  Depois da visita de duas semanas, Catarina levou sua mãe para a estação, onde ela tomaria o trem e se despediria da filha. 

  Enquanto elas estão no táxi, Catarina se lembra do desconforto causado, graças a convivência naquele período, entre sua mãe e seu marido. Ambos não se suportavam, mas, na hora da partido, os dois se transformaram. Agora, um tratava o outro com delicadeza. Com esse comportamento, Catarina ficava com vontade de rir, mas como não podia, ria pelo olhar.

  A mãe, chamava-se Severina. Uma mãe severa, que não media as palavras ao julgar a magreza do neto. Catarina concordava, sem perder a paciência. Antônio, esposo de Catarina e pai do menino, certa noite irritou-se com tais observações da sogra.

  De repente, uma freada do carro lançou as duas mulheres uma contra a outra, provocando entre elas uma intimidade de corpos já esquecida. Era como se houvesse acontecido um desastre.Elas evitaram olhar uma para outra até a estação. Catarina nunca foi de muitos carinhos com a mãe.Fora, sim. uma filha muito próxima, muito achegada ao pai, cheia de cumplicidade.

  Quando a campainha da estação tocou, mãe e filha se olharam assustadas, chamando uma pela outra. Como quem tivesse esquecido de dizer uma para outra, que eram mãe e filha. Mas não o disseram, ao invés disso, mandaram lembranças para os parentes, e o trem se foi. 

  Catarina voltou para casa "disposta a usufruir da largueza do mundo inteiro, caminho aberto pela sua mãe que lhe ardia no peito." Encontrou o marido na sala, lendo os jornais de sábado. O menino magro estava no quarto, distraído. Tentando chamar a atenção do filho, a mãe sacudia uma toalha na sua frente. E foi nesse momento, que pela primeira vez, ele disse "mamãe", sem pedir nada e em um tom diferente. 

  Alguma coisa mudara entre eles, e o seu corpo inteiro riu, não só os olhos. Pegou nas mãos do seu filho, e o levou para passear, deixando Antônio na sala, sem saber aonde iam.

  Ele olhava pela janela, a mulher andando com o filho. Sentia-se frustrado, porque ela vivia sozinha o seu momento de alegria. Decidiu que depois do jantar iriam ao cinema. Depois do cinema, seria noite. 

    
Representação das personagens (mãe e filho)
Imagem retirada do Blog PB
Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Amor - Clarice Lispector

  Ana era uma dona de casa preocupada com os seus afazeres e sempre muito organizada em suas tarefas. Tinha marido, filhos e morava em uma casa boa.

  Certo dia, saiu para fazer compras para o preparo do jantar, e já voltando para sua casa, dentro de um bonde, foi surpreendida por um deficiente visual que mascava chiclete. Esse fato, a despertou para novas emoções e sentimentos.

  O fato do homem mascar o chiclete na escuridão, com aquela naturalidade, incomodava Ana, pois apesar da dificuldade que aquele desconhecido enfrentava, ele aparentava ser feliz. E isso a aborrecia, porque a fez pensar na felicidade que não fazia mais parte de sua vida monótona, como ela mesma disse: "também sem a felicidade, se vivia".

  Tomada por esses pensamentos, Ana não percebe que o bonde dera partida, deixando cair o pesado saco de tricô que carregava. Sua reação imediata foi dar um belo de um grito, expressando tudo o que estava sentindo. A rede de tricô desprendeu-se de sua mão, fazendo com que os ovos caíssem e quebrassem também. Ana ficou totalmente desconfortável com aquela situação, porque além de tudo, a queda causou uma certa desorganização.

  Todos os passageiros do bonde, ficaram a observar Ana após a queda de sua bolsa e seu grito. Ana consegue entender que a situação do cego a fez refletir sobre o mundo e o seu particular, entrando em um conflito íntimo, levando-a á uma reflexão extrema.

  A distração foi tão grande, que Ana passou de seu ponto de chegada, descendo dessa forma em um ponto no Jardim Botânico. Ficou a tarde inteira observando o local, as plantas, insetos, folhas... enfim, a paisagem em geral e seus detalhes. Em certo momento lembrou da sua família e do jantar, isso a fez correr.

  Ao voltar para casa, Ana já não era mais a mesma. Parecia que seu amor pelos filhos, marido e até a própria casa estava maior. Jantaram com seus amigos e com as crianças.

  Naquele momento, Ana precisava de amor e carinho, encontrando isso no abraço de seu marido. Onde pode afastar dela, o medo de viver.


Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

domingo, 10 de março de 2013

Felicidade Clandestina - Clarice Lispector


 Nesse maravilhoso conto de Clarice Lispector, é retratada a história de uma menina apaixonada pela leitura.  
 
  Uma de suas colegas da escola era filha de um dono de livraria. Essa, diferente das outras já era mais encorpada, com busto, enquanto as outras ainda eram "achatadas". Para a infelicidade sua infelicidade e de todas as suas amigas também apaixonadas pela leitura, a filha do dono da livraria era totalmente malvada e um tanto quanto egoísta. 
   
  
  Certo dia prometeu para a menina que iria lhe emprestar o livro "As reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato, ela só deveria passar em sua casa para apanhá-lo no dia seguinte. Cheia de esperanças, assim a garota fez, mas chegando lá, sua alegria acabou. A menina egoísta disse que já havia emprestado o livro, e que ela deveria voltar no dia seguinte. Assim ela fez, por muitos dias até que, por estranhar a visita calada daquela menina estranha em sua porta todos os dias, a mulher do dono da livraria, mãe da menina egoísta perguntou ás duas o que estava acontecendo.   

  Quando a mulher entendeu o que estava de fato acontecendo, explicou que o livro nunca havia saído daquela casa e que sua filha sequer o tinha lido. Disse a menina apaixonada por livros que poderia levá-lo e ficar com ele o tempo que quisesse.   


  A alegria da garota era imensa e inexplicável, ficou contemplando o livro por horas e horas, fingindo não o ter em suas mãos para depois olhá-lo e ficar feliz por tê-lo junto a ti, em outras palavras "Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”.

Livro Felicidade Clandestina - Imagem retirada da Cia dos Livros

Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Sobre Clarice Lispector

Clarice Lispector - Imagem retirada do site Releituras

  Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik na Ucrânia, o dia 10 de dezembro de 1920. Seus pais chamavam-se Pinkouss e Mania Lispector.

  Sua família veio para o Brasil em março de 1922, para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Em 1925 mudaram-se para a cidade de Recife, onde Clarice passou sua infância no Bairro de Boa Vista.

  Aprendeu a ler e escrever muito nova. com nove anos ficou órfã de mãe. Em 1937 foi com a família para o  Rio de Janeiro, indo morar no Bairro da Tijuca.

  Em 1943 se formou em Direito e casou-se com seu colega de turma, Maury Gurgel Valente. Nesse mesmo ano estreou na literatura com o romance "Perto do Coração Selvagem".
 Depois de seu casamento com um Diplomata, morou na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, sempre o acompanhando.

  Em 1948, deu luz ao seu primeiro filho, Pedro. Em 1953, nasce nos Estados Unidos seu segundo filho, Paulo. 

  Em 1959 Clarice se separou de seu marido e retornou ao Rio de Janeiro, com os filhos. Logo começou a trabalhar no Jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna Correio Feminino. Em 1960 lança "Laços de Família", se primeiro livro de contos.

  Em 1966, graças ao descuido de dormir com um cigarro aceso, Clarice sobre várias queimaduras. Graças a isso, passou por várias cirurgias, se isolando, mas sempre escrevendo.
  Algumas das suas obras mais famosas são: "Laços de Família", "A Legião Estrangeira" e "Felicidade Clandestina".

  Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1977, de câncer no ovário e foi enterrada no cemitério Israelita do Caju.


Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a pesquisar e fazer uma síntese da biografia de Clarice Lispector. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Feliz Aniversário - Clarice Lispector

  
Livro Laços de Família
Imagem retirada do site Uol
  Feliz aniversário, conto de Clarice Lispector está incluído na obra Laços de família, lançado em 1960.

  Em Feliz aniversário, a infelicidade é o que está escondido atrás felicidade da festa de aniversário de D. Anita, uma senhora que completa oitenta e nove anos.


  Zilda, a filha com quem a aniversariante mora, organiza a casa para receber a família. Aos poucos, os convidados vão chegando: os filhos, as noras, os netos... quase todos presentes ali, apenas pela obrigação. 


  Zilda é uma personagem que se sente no dever de realizar uma festa de aniversário para sua mãe. Arruma a casa, ocupa-se com os preparativos e convida os familiares para a comemoração. Assim, é possível perceber que Zilda se sente revoltada por ter que ser a única responsável por organizar tudo aquilo. 


  Não apenas a dona da casa, mas todos os parentes estão apenas "cumprindo sua tarefa", sem vontade nenhuma de estar ali. 


  Ela tenta manter a impressão que ainda há algum laço familiar entre os indivíduos presentes na festa de sua mãe. 


  D. Anita, nada ingênua, percebe tal fato e fica decepcionada com os familiares. Ela consegue perceber qual papel cada um está representando: alguns tentando ter um falso envolvimento com os outros, e que todos estão ali por obrigação.
  

  Mesmo com todas as manifestações de carinho, admiração, afeto que recebe, a velha se conserva seu silêncio. Vista de fora, é só uma velha feliz,  ainda inteira, cercada dos descendentes queridos que celebram sua longevidade.

  Mas por dentro, D. Anita despreza os seres infelizes e falsos que gerou. Pessoas que fingem a felicidade, enquanto sofrem por dentro sem nem mesmo perceber que isso está acontecendo. Pessoas que não sabem lidar com os próprios sentimentos e que não suportam os pensamentos.

  Através do narrador, é possível observar constantemente a decepção e angústia de D. Anita por meio de seus pensamentos, onde estão os julgamentos negativos referentes aos membros de sua família, durante a festa.

  O ato de cuspir no chão, é a figura que manifesta, o fato de os laços familiares não se sustentarem mais. Com essa atitude, por outro lado, a senhora provoca a raiva da filha Zilda, que teme a não aprovação dos irmãos.

  As reações violentas da aniversariante interrompem antecipadamente a festa. O ritual ainda se estende um pouco mais, os familiares se esforçam para sustentar uma felicidade que já foi denunciada como falsa. Os filhos, que quase nunca se viam ou se falavam, apressam-se nas despedidas.


  Cantam os parabéns, “festejam”, logo em seguida se despedem e vão embora. Percebe-se, então, que a festa de aniversário foi apenas feita de aparências e relações falsas.



Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que nos orientou a ler este conto, entre outros, para nos aprofundarmos nos contos psicológicos, gênero estudado em sala de aula.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Entrevista com Clarice Lispector



  Esse é o trecho da entrevista concedida por Clarice Lispector, que assistimos em sala de aula . A entrevista ocorreu no ano de 1977 e foi dada para a TV Cultura. 

  Uma das primeiras perguntas feitas pelo repórter foi sobre a profissão de seu pai. Sua resposta foi rápida: "Trabalhava com representação de firma e essas coisas...".


  Logo em seguida, revelou que não era a única da família que gostava de escrever. Sua mãe e suas duas irmãs também escreviam. Entre elas apenas suas irmãs publicavam as histórias, sua mãe escrevia em segredo e Clarice fizera tal descoberta a pouco tempo.


  Segunda ela mesma disse, começou a escrever ainda quando criança, antes mesmo de seus sete anos de idade. Clarice também falou que quando escreve não tem nenhum objetivo com isso, ela apenas escreve.


 Apesar de toda sua fama, não se considera a literatura como sua profissão, pois só escrevia quando sentia vontade.


  Sempre achou mais fácil escrever para crianças do que para adultos. Dizia que criança é mais inocente, já os adultos são mais difíceis de se entender, apesar de serem mais parecidos com ela própria. Dizia que escrevi para se livrar de si, que de certa forma, morria ao escrever.


  Ao perguntarem sobre sua adolescência, disse que era uma jovem caótica, intensa e fora da realidade... uma pessoa tímida e ousada ao mesmo tempo. Infelizmente, ao longo da entrevista foi possível perceber que agora ela não tinha mais nenhuma daquelas características, pois estava abatida graças ao câncer responsável  pela sua morte. Clarice veio a falecer no mesmo ano em que deu essa entrevista.


  Caso queira assistir a entrevista na integra acesse: Entrevista Completa



Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa, que passou o vídeo em sala de aula e solicitou uma síntese sobre o mesmo.